segunda-feira, 30 de novembro de 2009

OLHANDO PARA A LEI PARA OLHAR PARA A GRAÇA

O pecado é uma realidade que nos acompanha. Podemos nega-lo, como é própria de nossa cultura, que tenta nos convencer que os nossos pecados têm outros nomes: erros, equívocos, manifestações de liberdade, direitos. Podemos dourá-lo, embalando-o de uma forma que nos livre impossivelmente da culpa. Em que pesem nossos esforços, a realidade do pecado nos acompanha. É nossa condição.

No entanto -- diz-nos a Bíblia (1João 2.1), podemos não pecar. Se queremos não pecar, devemos nos empenhar em não pecar. Esse empenho começa com uma tristeza diante do pecado, chamado pelo seu nome. O empenho continua com o arrependimento, que inclui o desejo não mais pecar. O empenho prossegue com a confissão de nosso pecado. Este é o processo através do qual ficamos livres do poder do pecado.

Quando tomamos consciência de nosso pecado, estamos prontos para experimentar a graça. Na verdade, só experimentamos a graça tendo consciência do nosso pecado. Em outras palavras: só experimentamos a graça quando nos arrependemos do nosso pecado, porque "onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Romanos 5.20).
Então, para podermos olhar para a graça (com o seu perdão), devemos olhar para a lei (com a sua condenação). Só então estaremos prontos para considerar o pecado em toda a sua seriedade e a graça com a sua liberdade.

Graça é propiciação -- diz-nos ainda a Bíblia (1João 2.2). Jesus é a propiciação pelos nossos pecados. Isto é: Jesus é a oferta pelos nossos pecados. Diante da realidade do pecado, Jesus se oferece ao Pai no lugar dos pecadores. Por isto, Ele é chamado de "Justo", uma vez que, por sua morte, fomos justificados (considerados justos).
Somos, então, convidados a parar de pecar. Cada um de nós deve olhar para a sua vida e, vendo o pecado, derramar-se em lágrimas e pedir perdão por eles e força a Deus para não mais os cometer.

Somos ainda convidados (os que não o fizemos) a aceitar a oferta de Jesus. Quando a aceitamos o sangue de Jesus na cruz por nós passa a ter o efeito de nos selar para a comunhão com Deus.


Israel Belo de Azevedo
www.prazerdapalavra.com.br

domingo, 29 de novembro de 2009

Amazônia, uma grande preocupação!

Desde minha juventude, e às voltas com os livros escolares, preocupa-me a Amazônia brasileira.
Há mais de trinta anos, ouvia notícias da presença de exploração indevida de suas florestas, de suas riquezas minerais, de sua biodiversidade, por brasileiros ambiciosos e grupos e empresas estrangeiros que até aeroportos clandestinos construíam e mantinham no coração da selva, para de lá, consta, retirar nossas riquezas.
Ouvia, por exemplo, de áreas inacessíveis a brasileiros e em que só se permitia a entrada de estrangeiros e indígenas.
Quantos planos de ocupação e defesa da Amazônia brasileira já foram discutidos, nas esferas de Governo e em ambientes acadêmicos! Parece, entretanto, que pouco se fez de concreto e realmente relevante.
A verdade nua e crua é que nossas fronteiras estão desprotegidas, as florestas continuam sendo exploradas de forma predatória, plantas e espécies animais são levadas para o Exterior e muitos dos produtos oriundos da Amazônia lá fora já são patenteados! Por outro lado, cria-se e enfatiza-se o conceito de nações indígenas, a fragilizar ou quebrar o de brasilidade ou de nação brasileira. E mais: consta que livros de geografia nas em escolas dos EUA apontam a Amazônia como região internacionalizada, e, desse modo, não mais pertencente ao território brasileiro.
As questões que aqui suscito, são as seguintes:
Que o Governo brasileiro tem a dizer sobre essa realidade?
Que o Ministério da Defesa, a comandar as três forças de terra, mar e ar, tem a informar sobre tema tão grave e de tão relevante interesse nacional?
Que posição assume o Congresso Nacional, em face dessa realidade inquietante?
Que diz o Ministério de Relações Exteriores a respeito das pretensões internacionais à Amazônia?
Ora, é geopoliticamente imperativa e urgente a ocupação da Amazônia. Não a ocupação dela por bandidos, homens e mulheres preocupados com a riqueza, com a fortuna pessoal e não com o bem comum, da nação e do mundo. Ocupação, sim, das fronteiras do Brasil, das hidrovias, dos espaços estratégicos, com bem elaborados planos de desenvolvimento sustentável.
Vêm-me à memória, para encerrar esta reflexão, duas palavras preciosas e oportunas, uma da Bíblia e outra de notável político brasileiro.
A primeira, de Deus a Josué: “Todo o lugar onde vocês puserem os pés será de vocês”. Dt 11.24 a.
E a segunda, de estadista mineiro já falecido:
“Se Deus nos deu um país tão grande, não é nossa inépcia ou negligência que hão de fazê-lo pequeno!”
Deus ilumine nossos governantes neste momento grave da história para que cuidem com diligência e efetividade de nossa Amazônia!

Por: Irland Pereira de Azevedo
http://irlandpereiradeazevedo.blogspot.com/

sábado, 28 de novembro de 2009

PESCADORES DE AQUÁRIOS

Recentemente li um texto na Internet, com o título que encima estas linhas. Já pelas primeiras linhas eu passei a esperar algo raso, mas foi pior do que eu pensava.
Pra começar, o autor anunciou no título que escreveria sobre “pescadores de aquário” e acabou escrevendo sobre “peixes” que deixam seus aquários em procura de outros por um ilimitado número de razões. Na verdade, um texto escrito para justificar aqueles líderes de igrejas que recebem muitas pessoas de outras igrejas.

Talvez até pra aliviar o peso sobre os crentes que, ao enfrentarem problemas e dificuldades com seus líderes, preferem o caminho da transferência para outra igreja; mudam de igreja, mas continuam com o coração amargurado e cheio de ressentimentos que deveriam ser resolvidos pela terapia da Palavra de Deus, mas a fuga pra outra congregação acaba por postergar o tratamento e, em alguns casos, até inviabiliza-lo.

Mas ao menos o texto aludido serviu para nos ensejar uma reflexão séria sobre o tema: “Pescadores de Aquário”. Ou seja, líderes que sobrevivem dos peixes já pescados, ou das ovelhas já arrebanhadas. Tais líderes se caracterizam, pelo que temos observado ao longo dos anos, por uma série de condutas e traços de identidade, tais como:

1. Têm o foco sempre longe dos perdidos. As palavras de Jesus em João 4:35b ( “...erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” ) nada representam pra eles, pois sua preocupação não a urgência da pregação e conquista dos perdidos, mas sim o atrair pessoas que foram alcançadas por outras igrejas.
O problema aí, é que tais líderes perdem o propósito explicitado por Jesus na grande comissão. Mesmo que vociferem a favor dos propósitos de Deus, na verdade os rejeitam pela sua prática ministerial.

2. São preguiçosos e matêem o povo acomodado. Aqui as palavras sagradas menosprezadas são da lavra do apóstolo Paulo em II Timóteo 4:2 “que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.”
A situação aqui é terrível, pois a grande verdade é que para evangelizar, ganhar os perdidos, é preciso disposição para sair das quatro paredes, romper com a zona de conforto, quebrar os paradigmas do constrangimento e do medo e anunciar. Também é preciso criatividade, coragem e muito esforço. É preciso trabalhar! O líder precisa ir à frente e ganhar almas para Jesus. Muitos pastores nunca levaram a Cristo, pessoalmente, uma pessoa sequer! Optam pelo caminho mais curto, atrair pessoas que já foram alcançadas.

3. São tristes e frustrados no ministério. Também pudera... todos o domingos, se achegam ao púlpito e, lá de cima, olham a congregação e analisam os membros: “aquele veio da igreja tal, teve problemas com o pastor”, “aquela veio da outra igreja “x”, não foi visitada, ou queixa-se falta de atenção, “aquele outro ali, se desentendeu com a liderança daquela outra igreja”. Realmente deve ser frustrante.
A crise aqui nasce daquele sentimento de que, durante o tempo de ministério, o pastor não consegue identificar no santuário, pessoas arrancadas das trevas, do pecado, do mundo. Não podem ver quais foram aqueles que estavam nos braços de Satanás e foram tirados pela ação evangelizadora da igreja. Gente que saiu das seitas espiritualistas, esotéricas ou místicas. Gente que se gastava nas noites, nas drogas e nas orgias. Gente que estava longe da família e dominadas pelo inimigo. Ficar vários anos numa igreja e não poder ver isso, convenhamos, é muito frustrante.

4. São inseguros como líderes e fracos como pregadores. Nunca têm a direção para a igreja. O texto de Amós 3:7 “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”, nada representa para eles, pois não têm segurança para pregar todo o conselho de Deus.
A tristeza aqui é que o púlpito fica comprometido. Por não conseguirem pescar, se escondem atrás de uma ação pastoral inexistente e teórica. Suas mensagens não reproduções grotescas de sermões outros, de livros ou de improvisos infelizes. Pela misericórdia de Deus pelos perdidos, as vezes logram ser usadas por Deus, mas maior das vezes cumpre o papel litúrgico e só isso.
Terminando
Como puderam ver, os “pescadores de aquário” existem e são assim como colocamos. É claro que nossa lista não é completa apenas com as características mencionadas acima, poderíamos citar muitas outras. Mas essas bastam para que nos convençamos da existência deste tipo de líderes e oremos por eles para que sejam transformados.
Tem sido atribuía a Rubem Alves, educador renomado, a parábola do Eucalipto e do Jequitibá. Aquele, árvore comum e de valor diminuto; este, árvore milenar, robusta e de muito valor. Alves compara os professores aos eucaliptos e os educadores aos Jequitibás. E sentencia: “Nunca um eucalipto se transforma em um Jequitibá; a menos que dentro do eucalipto haja um Jequitibá adormecido.”

Assim também é com os profetas e os sacerdotes. Aqueles, homens a serviço de Deus, comprometidos com os propósitos de Deus, homens corajosos, pescadores de homens! Estes, sacerdotes, homens que trabalham pela manutenção do sistema, estão a serviço da instituição e vivem inseguros com medo de perderem sus empregos.
Nunca um sacerdote vai se transformar em um profeta; a menos que dentro dele, haja um profeta adormecido. Vamos orar para Deus acordar os pescadores de homens adormecidos dentro de muitos líderes de igrejas em nossos dias!




Lécio Dornas

Pastor batista em Salvador-BA

http://leciodornas.blogspot.com/

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A parada comparada -- Por Luis Sayão

Nos últimos anos a sociedade tem percebido uma crescente visibilidade do movimento gay. Um dos sinais mais marcantes do movimento de raízes estrangeiras é o que tem sido chamado de Parada Gay.

Tais manifestações públicas que gastam o meu e o seu dinheiro, pois recursos do estado são gastos em função da passeata, já se tornaram rotina. Em São Paulo, recentemente, foi divulgado que quase três milhões de pessoas participaram do evento.

É difícil imaginar que quase 30% da cidade estivesse presente ali. Sem falar do fato de que a Avenida Paulista tem um movimento diário normal de um milhão de pessoas!

O que nos surpreende é o tom exageradamente positivo dos meios de comunicação. A pergunta que surge diante de tal visibilidade é simples: Qual é a razão disso? Qual é a função ou a razão de ser de tal parada?

Confesso que não entendo! Isso me faz lembrar da história de uma imigrante chinesa que chegou ao Brasil há cerca de quarenta anos. Ela foi levada a uma festa junina e, sem saber do que se tratava, viu um casal dançando quadrilha com as roupas esfarrapadas.

Sem entender o que se passava, a moça estrangeira pensou que aquilo era um casamento. Assustada, imaginou: “Que país mais estranho! Nunca vi uma noiva tão feia!” Sou obrigado a expressar minha consternação: Essa parada é uma grande charada! Não dá para entender nada!

É claro que já posso ouvir os argumentos de muitos: “A parada é uma celebração da diversidade. É a valorização da opção diversificada.” Mas minha mente prossegue apurada, sem entender a parada! Interpretá-la já é uma parada!

Se a parada fosse um movimento em favor da diversidade sexual, por exemplo, teria sido muito diferente. Eu esperaria ver um “grupo de polígamos”, um “grupo de mulheres adeptas da poliandria”, “um grupo de castos”, “um grupo de casais heterossexuais que fizeram bodas de ouro” (são minoria hoje), “um grupo de sacerdotes católicos virgens” (é uma opção sexual).

E ainda poderíamos imaginar o grupo dos divorciados, dos monogâmicos restritos, dos pansexuais e até dos zoófilos! Não é assim com a parada; a parada é monotônica. Não tem nada de diversidade.

É uma parada separada! Não propõe a inclusão dos diferentes! Ao contemplar algumas poucas cenas da referida parada, pude ver pela televisão cenas que, pela lei, seriam censuradas. A liberdade exagerda dos participantes torna inútil até mesmo o conceito de atentado ao pudor.

Será que em vez de diversidade, aparada procura celebrar o sexo, à semelhança dos antigos gregos e romanos!? Mas por que gastar dinheiro público com isso? Se a questão é sexualidade, não deveria ser diversificada? Democraticamente votada?

A verdade é que a parada, em outros tempos censurada, parece aos mais velhos um tanto tarada. Algumas das suas cenas públicas, emtempos antigos, custariam algumas varadas, pois seus participantes numa euforia detourada deixariam a multidão corada.

Pode ser, porém, que a parada tenha outro significado. Poderia tratar-se da celebração de um grupo rejeitado pela sociedade, que nasceu assim e precisa ser incluído.

O foco da discussão seria essencialmente genético. No entanto, mais uma vez, creio que a parada precisa ser comparada. Essa parada parece um tanto murada, sem dar espaços às multidões de gente discriminada!

Entre muitas possibilidades podemos destacar os obesos, os portadores de deficiência e as minorias raciais! Para minha surpresa, a parada não contemplou muita gente que precisaria ser curada, socialmente amparada.

Mais uma vez, preciso dizer que a parada nada teve de dourada, pois permaneceu intencionalmente separada. Diante do discurso solo da parada, que optou por ser separada e até mesmo murada, é preciso dar uma boa reparada.

Afinal, o que o movimento da parada quer e exige! A preocupação de grande parte da sociedade civil com o movimento hoje não temnada a ver com a sexualidade dos seus participantes. O problema está na convivência dos mesmos com grupos diferentes!

Avaliemos a situação. O movimento gay, que deve ser separado dos diversos indivíduos que convivemcom a homossexualidade, parece pretender ampliar sua voz solo e calar todos os que pensam diferentemente de seus adeptos. Imagine o argumento pró-gay aplicado a outros grupos: vejamos o caso das pessoas obesas.

Podemos argumentar que algumas são assim por opção e outras por razões genéticas. Mas imagine o que seria se nunca mais sepudesse questionar a obesidade? Imagine se ensinássemos a quem tem tendência a obesidade a desenvolvê-la sem aceitar quaisquer críticas!

Por que um homossexual é melhor do que um obeso? A homossexualidade não pode tornar-se uma obrigação. Ficamos assustados quando vemos religiosos presos em alguns países por interpretarem a homossexualidade de modo diferente.

Em Massachussets (EUA), crianças participam de aulas que induzem à homossexualidade, e tudo com dinheiro público! O narcisismo domovimento desconsidera outras opiniões e valores. Caminhamos na direção de um lobby que quer punir quem pensa diferente.

É o fim da liberdade de expressão! Creio que não demora o tempo quando um homossexual que deseja despertar “seu lado heterossexual" e “reprimir sua homossexualidade” seja punido pela lei! O problema mais sério é que o movimento gay parece pretender que os homossexuais sejam cidadãos com direitos especiais, acima dos demais mortais.

Além do fato de que não há dúvida de que se isso se confirmar, muita gente “se dirá homossexual"só para ter vantagens. Um exemplo prático é o caso da aposentadoria no Brasil! Imagine se um homossexual masculino consegue aposentar-se cinco anos antes (privilégiofeminino no Brasil)!

Estou certo de que “muitos malandros tupiniquins” farão de tudo para conseguir “seus direitos”. Diante do fato do movimento gay não ter sequer considerado o respeito aos judeus ortodoxos de Jerusalém recentemente, a comunidade religiosa deve mobilizar-se, pois, em breve, padres, rabinos, monges e pastores serão presos por lerem textos bíblicos em seus cultos.

Até a Bíblia corre o risco de ser confiscada. Nossa sociedade democrática e pluralizada precisa respeitar os limites dos outros. O movimento gay, ainda que discordemos de seus pressupostos e práticas, tem o direito de agir como entender em seus limites, mas jamais poderá impôr uma ditadura intolerante para outras pessoas.

Tanto o gay como o religioso tem valor por serem pessoas, e não por suas particularidades. A verdade é que o movimento da parada pode ser uma grande furada, pois cheira a atitude revoltada.

Se o movimento da parada murada quiser transformar nosso povo em gente azarada, com sua liberdade refreada, está na hora depropormos uma virada. Não se esqueça de dar uma boa comparada entre as idéias do movimento com a Palavra que deixa a vida de quem a recebe plenamente sarada: “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade.” (Tg 2.1)


Por Pr. Luis Sayão

fonte:http://www.ievca.com.br/index.php?view=article&catid=60%3Apastorais&id=326%3Aa-parada-comparada-por-luis-sayao&option=com_content&Itemid=69

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cada um é livre pra fazer o que quer

Há pouco tempo atrás, em um programa de televisão que recebe a opinião dos ouvintes para decidir o seu final, uma pessoa disse o seguinte: “Cada um é livre para fazer o que quer”.

A frase encerra uma declaração que deve ser analisada. Realmente, cada pessoa é livre para fazer o que deseja. O ser humano é dotado de capacidade de pensar e tomar decisões. É responsável pelos seus atos. Não se pode impor a alguém uma religião ou uma ideologia, por exemplo. Pais escrupulosos nunca imporão a seus filhos uma profissão, também. A vocação e as habilidades das pessoas devem ser respeitadas. Neste sentido, a frase tem muita razão. Cada um faz o que quer de sua vida, sendo por isso responsável. Assim, neste sentido, a liberdade é plena.

Mas nem sempre somos livres para fazermos o que queremos. Gostaria de passar minhas férias em Paris, mas não posso. Gostaria de ter uma Mercedes 09, mas não posso. Neste sentido, não somos livres para fazer o que queremos. Querer não é poder. Podemos querer coisas que não podemos ter.

Há coisas que não apenas não podemos fazer, mas nem mesmo devemos fazer. Um homem pode desejar ter todas as mulheres do mundo, mas ficará apenas no sonho. Alguém comentou que Deus é muito mal humorado porque boa parte dos dez mandamentos começa com um não. São proibições de coisas boas que gostaríamos de fazer. Por isso diz uma música popular que “tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”. As coisas boas são proibidas. Deveríamos poder fazer e ter todas as coisas que gostaríamos. Abaixo as leis, abaixo os conceitos moralistas, abaixo as religiões com suas regrinhas, abaixo o moralismo de fachada. Viva a anarquia, vivam os desejos, vamos fazer o que queremos fazer e chega de conversa.

Mas isso funciona? Foi por querer a mulher de Urias que o rei Davi planejou a sua morte. Fez o que quis: adulterou e idealizou um assassinato. Mas pagou um preço muito alto pelo que fez. Pode-se fazer o que se quer ou é necessário ter regras? Liberdade é o direito de fazer o que se quer? O que uma pessoa quer e pensa ser seu direito pode ser a transgressão do direito de outra.

Quando Deus colocou tantos nãos nos dez mandamentos não foi por ser mal-humorado, mas por saber que somos maus e que somos pecadores. Estamos tão acostumados com o conceito humanista de que o homem é bom, que não nos damos conta da incoerência desta declaração. Se o homem é bom, por que a maldade e tantas desgraças? Dizer que ele é bom e que a sociedade o corrompe é uma falácia. A sociedade não é pau ou pedra. É gente. Se ela é má é porque as pessoas são más. Foi isso que Davi tinha em mente, quando, arrependido do que fez com Urias, escreveu no Salmo 51: “Eu nasci em iniqüidade”. Com isso ele estava falando do que os teólogos chamam de “depravação, a capacidade inata no ser humano de buscar o mal”. O homem não é bom. É pecador. Como bem disse Billy Graham: “O homem é exatamente aquilo que a Bíblia diz que ele é”.

Por ser pecador, o homem não pode fazer o que deseja, pensando que assim é livre. Disse o apóstolo Paulo: “O bem que quero, esse não faço; o mal que não quero, esse eu faço”. Quando queremos fazer o que desejamos, seguindo nossos instintos e paixões, não nos elevamos, mas nos rebaixamos. Deixamos o nível da racionalidade, da capacidade de fazer leis e princípios que orientam nossa vida, e nos tornamos como os irracionais, que não têm capacidade mental e seguem o instinto. E nos damos mal.

Fazer o que se quer não é ser livre. É ser escravo. Dos instintos. De uma natureza corrompida. Por isso Jesus disse que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”. Não somos livres quando fazemos o que queremos e tampouco regras e princípios são um par de algemas. Imaginemos um trem que quisesse trafegar fora dos trilhos para poder ser livre. Saísse dos trilhos e entrasse pelo gramado, cheio de flores, de sombra, alegre e festivo. Ele afundaria, com seu peso. Há um lugar para ele transitar e fora deste lugar ele se imobiliza.

A verdadeira liberdade não é o direito de se fazer o que se quer. O pensador cristão Elton Trueblood disse, em um de seus livros, A Vida Que Prezamos, que “liberdade não é liberdade para, mas liberdade de”. Ou seja, somos livres não para fazermos o que queremos, mas somos livres de alguma coisa.

Jesus também ilustrou isto muito bem em outra palavra sua: “Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Liberdade é a capacidade de poder gerir a sua vida. É a capacidade de viver sem ser escravo de vícios, de paixões vis, de drogas, da ansiedade, do medo do futuro. Desde quando uma pessoa escrava de um pedaço de papel com mato dentro, um cigarro, é livre? Desde quando alguém que não consegue livrar-se de uma garrafa é livre? Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto me faz bem e eu aceito. Tenho forças para fazê-lo, mesmo não gostando”. É assim que tomamos injeção. Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto é agradável, mas me trará más conseqüências. É agradável, mas tenho a capacidade de rejeitar”. Liberdade é o direito de saber usar bem a vida, de saber discernir entre o que se deve e o que não se deve.

Voltemos à palavra de Jesus: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Ele dá discernimento espiritual e moral para sabermos o que buscar e o que evitar. Ele dá poder para vencer o que é agradável mas daninho. Ele torna a pessoa livre. Muita gente censura os evangélicos dizendo que são escravos, que não podem fazer uma porção de coisas. Não é que não podemos. É que não as queremos. Não significam nada para nós. Volto à questão do cigarro: que coisa ridícula um adulto chupando sofregamente um mal cheiroso invólucro de papel com mato dentro, sem poder parar de fazê-lo, embora muitas vezes tenha planejado e desejado fazê-lo. Coisa triste um bêbedo, caído pela sarjeta, escravo do álcool. Coisa deprimente e triste, um casal se separando, com os filhos prejudicados, por causa da infidelidade conjugal de uma das partes.

Não somos escravos nem vivemos debaixo de regrinhas. Vivemos na liberdade que Cristo nos deu. Ele abriu nossos olhos e capacitou nossa vida para lutarmos contra o mal que desgraça e pelo bem que exalta.

Convidamos você a ser livre. Você pode ser livre. Pode deixar de fazer o que está lhe prejudicando e passar a fazer o bem que sabe que deve fazer. De verdade. Basta confiar em Cristo, fazendo dele seu Senhor, cedendo-lhe sua vida, confiando-lhe a direção do seu viver. Fazendo assim você descobrirá o que Jesus quis dizer com “e conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. Jesus é a verdade que liberta. O resto é mentira. Seja livre. Assuma um compromisso com Cristo.




Por
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Fonte:
http://www.isaltinogomes.com/2009/11/cada-um-e-livre-para-fazer-o-que-quer/

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu amo o Seminário do Sul

O Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil tem uma das páginas mais densas da história dos batistas brasileiros fundada pelos batistas do sul dos EUA em 1908, é a instituição de ensino teológico, mais conceituada da America Latina. Boa parte do ministério batista foi formado em suas salas, uma vez que esta Casa já entregou à Denominação, desde 1916, quando graduou seus primeiros cinco alunos, mais de 3.000 diplomados em Teologia, em Música Sacra, em Educação Cristã e em Pedagogia. Por seus bancos e por suas cátedras passaram notáveis nomes. Nas estantes de suas bibliotecas encontra-se parte da melhor bibliografia brasileira teológica contemporânea. Nos seus arquivos estão manuscritos, documentos, objetos e fotografias indispensáveis à produção de uma história do movimento evangélico neste país.



Um lugar onde se aprende a ora, pesquisar e liderar!

Venha aprofundar seus conhecimentos teológicos no Seminário do Sul